Das vias aéreas até o cérebro, a fumaça tóxica do crack causa um impacto devastador no organismo. As principais consequências físicas do consumo da droga incluem doenças pulmonares e cardíacas, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores. Veja no infográfico quais são os efeitos agudos e crônicos do uso da droga.
- Neurotransmissores
A droga age na região frontal do cérebro e inibe a recaptura de neurotransmissores pelos receptores pré-sinápticos. Substâncias como dopamina, noradrenalina e serotonina, responsáveis pelo pensamento, planejamento, controle dos impulsos, sensações de prazer e poder, por exemplo, ficam acumulados nos receptores pré-sinápticos.
- Dependência
O uso contínuo da droga leva à saturação dos receptores pós-sinápticos. Com isso é necessário aumentar as doses da droga para obter os mesmos efeitos, o que leva o usuário ao uso compulsivo.
- Doenças Neurológicas
O uso do crack pode resultar em uma variedade de manifestações neurológicas, incluindo acidente vascular cerebral (derrames cerebrais), dor de cabeça, tonturas, inflamações dos vasos cerebrais, atrofia cerebral e convulsões.
- Vias Aéreas
A alta temperatura da fumaça do crack pode causar queimaduras nos tecidos da laringe, traqueia e brônquios, que sofrem os efeitos das substâncias toxicas presentes nas droga, como resíduos de gasolina e solventes.
- Circulação
O uso do crack provoca o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, podendo ocorrer isquemias e infartos agudos do coração. A ocorrência de isquemia não está relacionada à quantidade consumida, à via de administração ou a frequência de uso. Há ainda riscos de arritmia cardíaca e problemas no musculo cardíaco.
- Pulmões
O pulmão é o principal órgão exposto aos produtos da queima do crack. Os sintomas respiratórios mais comuns são: Tosse (presente em até 61% dos casos), dor no peito com ou sem falta de ar, escarro com presença de sangue (relatado por 26% dos pacientes) ou enegrecido e piora de asma. O escarro escuro é característico do uso de crack e é atribuído à inalação de resíduos de carbono de materiais utilizados para ascender o cachimbo com a droga.
- Aparelho Digestivo
O uso crônico do crack prejudica a digestão e provoca sintomas como náusea, perda de apetite, flatulência, dor abdominal e diarreia.